Xamanismo
O que é um Xamã (Shamam)
Xamã é um termo para descrever o "guerreiro que pratica para ser livre."
Um Xamã não é um mago ou uma bruxa, mas ele pode desempenhar esses papéis se desejado.
Ele não é um médico, mesmo que ele possa desempenhar esse papel tão bem.
Um xamã é mais, é um canalizador, um padre, um místico, um musico, um poeta e artesão.
Xamanismo não é uma religião, é uma função, um papel, um fenómeno mágico-religiosa específica a determinadas pessoas que têm a capacidade de êxtase que permite "vôos mágicos" para os reinos mais elevados, descida ao inferno para lutar contra as forças das trevas , o domínio sobre o fogo, a matéria, tempo e espaço.
Infelizmente, como "Don Juan", disse: actos xamânicas são actos de grande distorção flacidez e aberração.
A palavra xamã vem a nós através do Tungusic saman(Rússia-Xamanismo Siberiano).
A palavra é derivada do samana Pali (Em sânscrito, sramana), através dos chineses (a transcrição da palavra Pali).
A palavra xamã, pode estar relacionada com Sarman.
Mais ou menos...
A gente pode morar numa casa mais ou menos,
Numa rua mais ou menos,
Numa cidade mais ou menos,
E até ter um governo mais ou menos.
A gente pode dormir numa cama mais ou menos,
Comer uma comida mais ou menos,
Ter um transporte mais ou menos,
E até ser obrigado a acreditar, mais ou menos, no futuro.
A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos.
Tudo bem.
O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum:
É amar mais ou menos,
É sonhar mais ou menos,
É ser amigo mais ou menos,
É namorar mais ou menos,
É ter fé mais ou menos,
E acreditar mais ou menos.
Senão, a gente corre o risco de se tornar uma pessoa, assim... mais ou menos !
BLUE MOON SIOUX
A gente pode morar numa casa mais ou menos,
Numa rua mais ou menos,
Numa cidade mais ou menos,
E até ter um governo mais ou menos.
A gente pode dormir numa cama mais ou menos,
Comer uma comida mais ou menos,
Ter um transporte mais ou menos,
E até ser obrigado a acreditar, mais ou menos, no futuro.
A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos.
Tudo bem.
O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum:
É amar mais ou menos,
É sonhar mais ou menos,
É ser amigo mais ou menos,
É namorar mais ou menos,
É ter fé mais ou menos,
E acreditar mais ou menos.
Senão, a gente corre o risco de se tornar uma pessoa, assim... mais ou menos !
BLUE MOON SIOUX
Os Espíritos Guardiãos são os Seres responsáveis para nos ensinar o poder da sua respetiva direção.
O Guardião do Vento Norte é Waboose, que nos traz o vento frio do inverno, que purifica a terra e obriga os homens ao isolamento da renovação.
É a direção que nos indica o caminho que devemos seguir, aonde o guerreiro irá aprender com os conhecimentos dos mestres ancestrais.
Seu totem animal é o Búfalo Branco que nos ensina a agradecer humildemente as dádivas recebidas.
Seu elemento é o Ar, que representamos com um incenso em nosso altar. Sua cor é o branco que simboliza a pureza da neve.
A direção norte é o caminho do Mestre, o portal para a mente, onde aprendemos a sabedoria dos ancestrais.
Procure sentar-se voltado para o norte numa alta montanha no meio da noite, buscando conectar-se com os ancestrais que com sua sabedoria irão abrir nossas mentes, libertando-nos de antigos padrões que ainda tenhamos, fazendo-nos pensar, sentir e agir no novo horizonte que se abre a nossa frente.
O Guardião do Vento Oeste é Mudjekeewis, aquele que nos traz do Oeste o vento fresco do outono, que favorece a introspeção e a contemplação da colheita.
É a direção que indica o caminho da cura física, o poder da transformação e introspeção.
Seu animal totem é o Urso que nos convida a entrarmos na escuridão da caverna, onde enfrentaremos nossos medos.
Seu elemento é a Terra, e representamos essa direção em nosso altar com uma pedra, cristal ou um pote com terra.
Sua cor é o preto.
A direção Oeste é o caminho do guerreiro, o portal para o corpo.
Essa direção esta representada pelo por do Sol.
Sente-se ao oeste vendo o sol se por e sinta a escuridão o cercando e transformando-se numa grande caverna escura, procure meditar profundamente envolto em total silêncio.
Lute contra si mesmo, enfrente os desafios que se apresentam, sinta-se morrer e renascer, dentro da Mãe Terra que nos curou e nos regenerou através de sua força feminina.
O Guardião do Vento Sul é Shawnodese, aquele que nos traz do Sul o vento quente do verão, que promove o crescimento e a frutificação.
É a direcção do caminho da cura da criança interior e do amor.
É um local de inocência, humildade, fé e confiança.
Seu animal totem é o Coiote que nos prega partidas para nos ensinar, quando esquecemos a nossa criança interior e de nossa inocência.
Está ligado ao sol do meio-dia.
Seu elemento é a Água, e em nosso altar a representamos com um copo de água.
Sua cor é o vermelho.
A direção sul é o caminho do curador, um portal para as emoções. Procuremos sentar ao Sul perto de um riacho ou ao lado de uma fonte d’água, percebendo suas emoções, identificando suas feridas e procurando conectar-se com sua criança interior, deixe fluir seus sentimentos, avaliando suas ações e procurando uma maneira de evitar ser apanhado numa armadilha.
Lembre-se de ter confiança e fé em si e no mundo.
O Guardião do Vento Leste é Wabun, aquele que nos traz o vento morno do Leste, a promessa da primavera, a abertura para a busca da iluminação ao nascer do sol.
É a direção da visão, da criatividade e da expansão da consciência.
Está ligado ao nascimento e a energia masculina.
Após o inverno é tempo de despertar, onde as sementes brotam com toda sua pureza e energia que recebeu do Pai Sol.
A Águia, aquela que voa mais alto e mais longe vê, é o totem animal de Wabun.
O fogo é o seu elemento, e ao construirmos um altar xamânico do Círculo da Vida essa direção é representada por uma vela amarela.
A direção leste é o caminho do visionário, da onde vem o poder da luz, um portal para o espírito.
Procure-se sentar ao Leste e conecte-se com o Sol ou o fogo, pedindo clareza, criatividade, força, maior espiritualização e definir um novo projeto ou ciclo de vida.
Contam as lendas xamânicas orientais que existia um Dragão mau que assolava a floresta, seu único objectivo era a destruição da natureza, este Dragão, temia a Pantera, pois esta tinha o hálito tão doce que a simples abertura de sua boca poderia destruir o Dragão, mas ele sabia que a Pantera, após comer, dormia três dias seguidos, e assim nossa lenda se inicia…
Os seres da floresta amavam a Pantera, pois ela era a única a defende-los do Dragão, seu olhar era tão poderoso, que ao caçar, ela abaixava seus olhos, para que sua presa, que praticamente se oferecia como alimento, não tivesse o espírito destruído, tamanho o poder de seu olhar!
Num certo dia, após se alimentar, ela saltou por entre as montanhas e penetrou em uma das grutas para dormir, lá, a Pantera descansava e sonhava com as estrelas…
O Dragão, sabendo disso, iniciou sua empreitada de destruição. Contam as lendas que ele era um espírito revoltado, pois que lhe foi dito que a natureza não foi criada para servi-lo, isto o inundou de ódio pela floresta.
O Dragão sobrevoou a floresta e vomitou seu veneno pútrido nas árvores, que definhavam gritando como só as árvores sabem gritar. O veneno escorria pelas montanhas e vales, queimava tudo o que era vivo. As Serpentes, grandes alquimistas, não conseguiam transmutar todo o veneno que o Dragão, incessantemente vomitava, e este continuava sua destruição.
O grande guerreiro Tigre enfiou suas garras no veneno, seus esforços eram inúteis, mas era só o que ele podia e sabia fazer para defender a selva. Os Lobos corriam em desespero tentando esconder seus filhotes e uivavam em súplicas ao Céu, para que algo os ajudasse, os Ursos choravam, os Peixes recitavam encantamentos, que não davam conta da demanda de veneno, os animais reuniam-se resignados e suas lágrimas acalentavam a Terra, mas esta sabia que iria ser aniquilada.
Um pequeno Rouxinol, triste e ferido, vendo tudo isso, se afastou até as montanhas e começou seu canto triste:
“Sou a luz que se apaga. Meu canto e o da selva são os mesmos. Triste o fim de minha mãe. Triste o fim de minha amada. Mama Selva se vai. Mama Selva se vai. A pantera não mais fluirá pelas sombras. Não mais…”
Ele não sabia, mas atrás de si, abria-se a gruta na qual havia uma cova, aonde adormecera a Pantera, e ao ouvir seu nome, esta se levantou de um salto: – O que esta havendo? Quem canta uma melodia tão triste na entrada da gruta?
O Rouxinol, ouvindo um brado tão conhecido e sentindo o doce hálito da Pantera mudou o tom da melodia, e sem titubear cantou a crueldade do Dragão, e as glórias de lutas antigas, e o que estava acontecendo.
A Pantera urrou de raiva, seu sangue felino ferveu sob o manto negro como o infinito que era sua pele, o brado de sua intenção foi dado: – Morte, morte é o que o vento sussurra nos tímpanos do Dragão!!!! Que meu hálito chegue até suas narinas!!!!
Pedindo ajuda à grande Águia mensageira, ela foi carregada ao encontro do Dragão, que já havia sentido o aroma de seu hálito e tentava fugir, mas de um salto a Pantera fincou as garras em seu pescoço, da onde jorrou o sangue grosso e pegajoso do Dragão. Arrebentando-se no solo da floresta o Dragão implorou à Pantera que não o matasse, ele chorou e soluçou, mas seu olhar era o mesmo… A Pantera em dúvida, parou um instante, tempo suficiente para o Dragão fugir…
Indignada, a Pantera consultou a grande Phiton; a Cobra; que pelo seu oráculo, foi dito aonde foi se esconder o Dragão: – No coração dos Homens. disse a Sacerdotisa.
A Pantera, mais uma vez, urrou, e urrou muito forte, tanto que o Céu inteiro foi atraído, e disse a Pantera: – Faça amor comigo, e terá a solução… Foi o que a Pantera fez, e imediatamente ela ficou grávida, e o Céu lhe disse: – Tenha os seus filhos aonde moram os homens.
Com a ajuda da Águia, a Pantera pariu sobre as cidades, e um fenômeno ocorreu; de seu ventre, milhares de luzes cintilantes com as cores do arco-íris saíram, flutuando. Em sua mente, a Pantera ouviu a voz do Céu: – Estes são seus filhos, nasceram como homens e mulheres, mas suas almas serão a mesma que a tua, eles continuarão a sua luta, sob sua proteção; para o trabalho para qual nasceram. Não serão muitos, mas serão poderosos, serão sutis como o movimento da Lua, brilhantes como o Sol, alegres como o som das águas correntes, firmes como as árvores, buscarão a liberdade e amarão a noite, pois ela irá lembrar-lhes a sua cor, se sentirão bem durante o dia, pois este lhe parecerá o seu olhar, fluirão como seu corpo durante a caça, serão chamados de Guerreiros, Xamãs, loucos… Mas terão, no coração, as marcas da tua garra…”
E assim nasceram e nascem os Neo-Xamãs, acostumados e prontos para a batalha…
Lenda enviada por André Panizzi “Gavião-Real” (Membro-fundador do Clã Lobos do Cerrado).